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Parece que está quase contido o vazamento de petróleo em águas brasileiras, a 120 km do litoral do Estado do Rio de Janeiro. Duas semanas depois do alarme, talvez o assunto mais debatido seja agora o valor da multa que a empresa norte-americana Chevron terá de pagar por danos causados. Considerando o que determinam as leis federais e estaduais do país, tais valores poderão chegar a R$ 260 milhões. Numa companhia que fatura R$ 960 milhões por dia, essa multa será, sem dúvida, um pingo num oceano. O mesmo oceano que um dia não suportará mais tantas manchas de óleo em suas águas.
Uma das multas aplicadas à Chevron veio da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e foi de R$ 50 milhões. Esta que é a 5ª maior empresa de energia no mundo, simplesmente não dispunha de equipamento adequado para executar o Plano de Emergência que ela garantia ter capacidade de cumprir. No Golfo do México não foi diferente. A BP, outra empresa poderosa, se viu impotente para conter o vazamento diário de 12 a 25 mil barris de petróleo, no maior desastre ambiental da história dos EUA. Um ano depois, ela só conseguiu limpar apenas 10% do que derramou.
Não resta a menor dúvida que essas empresas, sendo verdadeiros colossos na prospecção e extração de petróleo, investem muito pouco em tecnologia de prevenção contra acidentes. Para elas, fica bem mais barato pagar por esses danos ambientais. A um pingo de real (R$) em multa, respondem com um barril de petróleo espalhado no mar. Portanto, a grande questão é saber como proteger o mundo de situações como estas. Não podendo contar com a sensibilidade ecológica das empresas petrolíferas, o que nos resta é acreditar no trabalho responsável dos órgãos de controle dos países produtores.
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