Fim dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, tempo de balanço. Quantas medalhas foram conquistadas? Daquelas perdidas por alguma infelicidade não vale a pena grandes comentários. O esporte é assim, por vezes cruel. O que conta realmente são as grandes vitórias e disso as estatísticas mostram um Brasil cada vez mais firme como a 3ª potência das Américas. Os EUA são os primeiros, sempre foram e deverão continuar assim no que resta deste século. Com mais 10 medalhas de ouro que o Brasil, o 2º posto de Cuba já dá que pensar, por ser um país tão pequeno.
Não significa que os meninos cubanos tenham mais jeito que os brasileiros para a prática esportiva. Nada disso! Ninguém duvida que os daqui têm o esporte no sangue. O que falta são os incentivos. Mas não aquele incentivo sádico, que desgasta um atleta muito antes dele subir nos grandes palcos. Quando alguém, quase sempre tardiamente, descobre um talento para determinada modalidade, seria lógico imaginar que, ao nosso herói, lhe bastaria apenas treinar até à exaustão para se aproximar do ouro olímpico. Não é o que acontece. Exausto ele fica sim, mas é por ter de correr atrás de patrocínios.
Se o Brasil ganha hoje mais medalhas que há 10 ou 20 anos atras, talvez algo esteja mudando, para melhor. Mas certamente ainda é pouco. Um talento, em qualquer modalidade, deve ser descoberto na escola e não por um acaso do destino. E é precisamente aí, na escola, que ele deve ser incentivado, porque se trata de alguém especial. Assim acontece nos EUA e também em Cuba. Aqui, estudos e prática esportiva ainda buscam um entendimento. Quantos pais tiveram que escolher entre manter seus filhos na escola ou sacrificar o gosto e o talento deles para a prática do esporte?
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