10 outubro 2012

O bichinho da matemática na Índia


Era uma vez um projeto de escola igual a muitos outros. A escola era alemã. Na sala, a dada altura, o professor se lembrou de um tal problema matemático que Isaac Newton tinha deixado sem solução antes de morrer. Mas foi algo dito apenas por mera brincadeira. Afinal de contas, não deixa de ser engraçado haver um enigma com mais de 300 anos de idade e que ninguém tenha conseguido solucioná-lo. Portanto, aquilo não era para ser levado a sério. Só que, entre os alunos, estava Shouryya Ray, um adolescente indiano de 16 anos. E para surpresa geral, dias depois, com a maior naturalidade deste mundo, ele aparece com o problema resolvido.  

A minha sensação é de que tal proeza só podia vir de um indiano. Não sei o que torna a Índia tão especial quando o assunto é fazer cálculos, mas que o bichinho da matemática está no sangue daquele povo, acho que não há dúvida nenhuma. Conta-se que, no longínquo ano 5000 a.C., existiu, nessa região da Ásia, uma civilização extremamente avançada para a época. Esse povo já utilizava sistemas de escrita, contagem, pesos e medidas. Vestígios da cidade onde viveram indiciavam ruas largas, habitações de tijolos com banheiros ladrilhados, redes de esgotos subterrâneos e piscinas públicas. Além disso, construíam canais para irrigação.

Tudo indica que esse povo tão à frente do seu tempo foi completamente dizimado. Mas não a sabedoria! Alguma carga genética, por eles transportada, perdurou através de sucessivas gerações, até os dias de hoje. E este novo gênio, como já lhe chamam os alemães, começou a brincar de fazer cálculos por influência do pai, quando tinha apenas 6 anos. Mas, com toda a certeza, o tal bichinho da matemática já estava presente num subconsciente qualquer, aguardando um pequeno estímulo para aflorar. A partir daí, calcular o percurso exato de um projétil, sob a influência da gravidade e da resistência do ar, foi mais uma brincadeira para Shouryya Ray.    

Assim começa a vida de um gênio da matemática na Índia

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