Foram seis meses de um campeonato repleto de emoção. Na 38ª e última rodada, eram dois os clubes que ainda sonhavam com o título – Corinthians e Vasco da Gama. Duas semanas antes, o mesmo sonho chegou a alimentar seis candidatos. Os atuais campeões até podiam ter resolvido a questão na penúltima rodada, mas um gol do seu concorrente direto, no minuto 90, a algumas centenas de quilômetros de distância, adiou tudo para o último dia. Foi assim o Brasileirão, sofrido até ao fim. Mas num campeonato tão disputado, alguém viu o atual campeão da Libertadores?
Claro que todo o mundo viu. Era impossível não ver o Santos, ou melhor, Neymar, o mágico da bola e suas jogadas mirabolantes. Mas esse foi um espetáculo à parte. Desde o início, o campeão das Americas se auto-excluiu da luta pelo título. Preferiu passear um pouco. Ficou em banhos e massagens, esperando por um jogo com o campeão europeu e assim se proclamar o melhor do planeta. É bonito, mas uma pena para o Brasileirão, que se viu privado de um grande protagonista. Contudo, o maior culpado é quem devia valorizar o seu espetáculo e o público.
Muitas vezes, quando o campeonato estava ao rubro, vinha a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e tirava dos clubes os seus craques para mais um amistoso da seleção. Uma lástima para o Brasileirão. Que graça tem um espetáculo sem os seus astros? Isso também contribuiu para afundar o Santos logo de início. E o Santos sem Neymar não mete medo a ninguém. Hoje, o maior prejudicado foi o clube da Baixada, mas amanhã será outro. Por isso, quando houver jogos da seleção, deve parar tudo, o campeonato, o país... tudo! E "salve o Corinthians, o campeão dos campeões".
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