13 fevereiro 2012

O que comer em 2050?

Colheita de algas marinhas em Bali (Indonésia). A alga será o alimento do futuro

O jornal inglês The Guardian publicou um artigo muito interessante, que vale a pena ler. O autor do texto viaja até 2050, vê um planeta com mais 2,5 bilhões de pessoas e pergunta: Como dar de comer a todo esse povo? A ONU (Organização das Nações Unidas) fala em duplicar a produção de alimentos. Mas falar é fácil. Quero saber onde está o mágico capaz de tirar da cartola mais terra arável para a agricultura. Não, o caminho será outro. A nova geração de agricultores terá grandes plantações... no mar. Em terra, fazendeiros praticarão a "micro-pecuária". O quê? Carne que não é carne?

Na verdade, a carne do futuro terá todas as características da tradicional, mas não virá de nenhum animal vivo. Será fabricada em laboratório, a partir de células-tronco. Portanto, é fácil prever que o número de vegetarianos vai aumentar muito nos próximos anos. Esses terão nas algas a base da sua alimentação. As algas marinhas crescem muito rápido e servirão também para gerar biocombustíveis. Se num hectare de terra, plantações de milho e de cana-de-açúcar produzem 3.500 e 8.000 litros de etanol, respectivamente, no mar, a mesma área pode produzir 100.000 litros de óleo de algas.

A nossa sobrevivência dependerá também de novas variedades de plantas. Super cereais, modificados geneticamente ou não, produzirão muito mais grãos e serão cada vez mais resistentes a doenças, pragas e secas prolongadas. Mas o mundo nunca deixará de ser maioritariamente carnívoro e a proteína animal que precisamos não virá apenas da carne artificial. A "micro-pecuária" colocará nos nossos pratos iguarias como gafanhotos, grilos, aranhas ou minhocas. Assim, a humanidade terá um alimento altamente proteico, sem colesterol e rico em minerais como cálcio e ferro. Agora é só esperar por 2050.

08 fevereiro 2012

Arrebentando na China


Jackie Chan começou a decolar em Hollywood com o filme "Arrebentando em Nova York". O resto da história todos conhecem. Foi sempre a subir. No cinema, ele faz de tudo um pouco. Além de ator, é ainda produtor, roteirista, coreógrafo, dublê e diretor. Agora será embaixador da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) na China. Para selar a parceria, ele veio ao Brasil, visitou a sede da empresa em São José dos Campos e levou um jatinho executivo "Legacy 650" de R$ 51 milhões. Aliada à imagem de Jackie Chan, a Embraer vai certamente arrebentar em todo o mercado asiático.  

A bem da verdade, a Embraer vem arrebentando nos céus de todos os continentes há já algum tempo. Ela começou a decolar em 1969 e nunca mais parou de subir. É hoje uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo e lidera o mercado de jatos comerciais com capacidade para até 120 assentos. Na China, onde é responsável por 76% do mercado de aviação regional, dispõe de duas unidades operacionais, em Beijing e Harbin. Mas o mercado asiático representa 22% das suas receitas, contra 33% do europeu. Portanto, a margem de crescimento por lá é muito grande ainda.

A qualidade dos aviões comerciais da Embraer é certificada pelos inúmeros clientes em mais de 50 países. Os tempos são de crise, mas não param de chegar novos pedidos de compra. Contudo, a bola da vez é a aviação executiva. O "Legacy 650", lançado em 2009, é a mais recente criação da empresa e já recebeu dois prêmios internacionais, como "o melhor dos melhores", pelo seu desempenho, luxo e design inovadores. O de Jackie Chan será o primeiro deste modelo a chegar à China, mas outros 13 já vão a caminho. Ou seja, no mercado chinês de jatos executivos, o céu deve ser mesmo o limite para a Embraer. 


Legacy 650 de Jackie Chan